Revés na Prefeitura de Rio do Sul: A Suspensão do Novo Contrato de Concessão dos Serviços de Lixo, ou Como Transformar R$ 76,9 Milhões em um Grande Mal-entendido
Ah, o governo de José Thomé, sempre à frente do seu tempo, agora se depara com um pequeno imprevisto: a suspensão da licitação de concessão dos serviços de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana. Não, não é uma piada de mau gosto. É apenas mais um capítulo dessa história fascinante de administração pública em Rio do Sul. A Justiça, em um gesto de curiosidade quase histórica, resolveu parar tudo após um pedido formulado pelo Partido Novo – e acreditem, não foi por querer jogar lama na gestão, mas por um detalhado exame das possíveis irregularidades no processo.
O Ministério Público, como um detetive à la Sherlock Holmes, percebeu que havia algo de podre no ar, mais precisamente no processo de concessão de um contrato que prometia ser um épico de 30 anos de gestão de resíduos, avaliado em robustos R$ 76,9 milhões. Uma pechincha! Entre os pontos levantados, destacam-se a ausência de um Plano Municipal de Resíduos Sólidos (porque, quem precisa de planos quando se tem tanta criatividade?) e a falta de regras claras para os grandes geradores de resíduos – esses vilões do nosso tempo, que, por alguma razão, não têm a decência de gerar lixo dentro dos parâmetros definidos por uma cidade. Mas, quem sabe, na próxima licitação?
Segundo as matérias vinguladas nas redes sociais, o Portal GDC destaca que o consórcio vencedor – composto por um seleto grupo de empresas, como a Ambiental Meio Ambiente Ltda, Planalto Resíduos Ltda e Saay’s Soluções Ambientais Ltda – velhas conhecidas dos mais atentos, já vislumbravam os milhões que iriam entrar em seus cofres, mas, oh, surpresa! Nada será homologado até que a justiça decida o que realmente aconteceu com esse processo. Uma situação, no mínimo, intrigante para os envolvidos.
É claro que, entre os mais desavisados, pode haver um leve incômodo com o fato de que uma licitação tão grandiosa tenha sido paralisada por questões tão simples, como a falta de um plano de gestão de resíduos sólidos e de regras para os “grandes” geradores de lixo. A administração Thomé, sempre tão zelosa com a limpeza urbana, talvez tenha pensado que o caminho para a concessão do lixo deveria ser mais… intuitivo. Afinal, quem precisa de regras quando se tem boa vontade?
Portanto, enquanto a Justiça decide o que fazer com R$ 76,9 milhões e o futuro da limpeza de Rio do Sul, podemos, ao menos, respirar aliviados: pelo menos o lixo está sendo tratado com mais cuidado que o processo de licitação. E quem sabe, no final das contas, uma nova licitação traga uma abordagem ainda mais criativa para a gestão do resíduo – um resíduo, aliás, que, ao que parece, pode estar se acumulando na administração pública.