O Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é um testemunho vivo do sucesso da colonização e do triunfo da cultura europeia no Brasil.
Sua cultura, marcada por tradições germânicas e italianas, é resultado de um complexo processo histórico que envolveu todo um contexto de transformações sociais e políticas na Europa, um cenário de devastação causado por guerras, revoluções e disputa por poder, e a consequente busca por novas oportunidades no Brasil no século XIX.
Qual é a origem da cultura do Vale do Itajaí?
Região conhecida por sua paisagem exuberante e por ser um reduto da colonização europeia, – especialmente alemã e italiana – a herança cultural deixada pelos colonizadores nesta região é um tesouro inestimável, que nem sempre é valorizado como deveria pela população local.
O que conhecemos hoje como as regiões do Alto e Médio Vale do Itajaí, um dia foi conhecido pelo nome de “Colônia Blumenau”.
Esta colônia fundada em 1850, posteriormente foi tornada município no ano de 1880 e abrangia praticamente todas as cidades que hoje são banhadas pela foz do Rio Itajaí-Açú. Na época, a maioria dos atuais municípios dessa região, eram distritos de Blumenau.


Festas, tradições religiosas, gastronomia rica e arquitetura singular fazem parte do cotidiano dos habitantes dessa região, que muitas das vezes não tem noção da magnitude de o que está a sua volta, nem dão a devida importância ou significância para isso.






Em meio à transformação dos valores, línguas, culturas e tradições da sociedade, podemos perceber que há uma constante pressão para que essa sociedade aceite uma agenda pró-multiculturalista levada a cabo por lobbys ideológicos da esquerda marxista.
Cabe ao povo da região refletir se essa mudança é natural ou orquestrada: afinal, quem realmente se interessa por apagar a herança cultural proveniente dos povos imigrantes europeus que colonizaram e civilizaram o Vale do Itajaí?
Porque devemos dar valor a nossa cultura?
Antes de a colonização ter sido um sucesso, muitos imigrantes e seus descendentes passaram por uma jornada de lutas e trabalho para construírem as bases da civilização na qual estamos inseridos hoje.
Mas, de onde surge a cultura desses imigrantes europeus, e quais eram os motivos e contextos que os colocaram em um barco e os fizeram atravessar o oceano, influenciando posteriormente toda a cultura do interior do estado de Santa Catarina?


Contexto da Europa antes dos movimentos migratórios alemães e italianos
Não tem como falar de Imigração Germanica para o Vale do Itajaí, sem falar de Europa e sua cultura. Então não tem como falar da Europa, sem falar do legado do Cristianismo Católico e do Sacro-Imperio Romano Germânico. Consequentemente, não tem como falar dessas coisas, sem falar do Império Romano do Ocidente.
No ano 800, o Papa Leão III coroa o rei franco Carlos Magno como imperador romano, revivendo o título mais de três séculos após a queda do Império Romano do Ocidente no ano de 476.
O Sacro Império Romano-Germânico, desenvolveu-se na Europa Central no início da Idade Média e dura mil anos até à sua dissolução em 1806, por Napoleão Bonaparte.
Este império consistia em uma colcha de retalhos de estados monárquicos independentes, todos a sua maioria cristãos e de influência católica até meados da Reforma Protestante do ano de 1500.

A dissolução desse império aconteceu devido a crescentes movimentos anti-clericais, revolucionários, maçônicos e iluministas que ganharam força na Europa do século XVIII.

Essas ideias maçônicas e revolucionárias colocadas em prática, culminaram na sangrenta Revolução Francesa de 1789, que perseguiu muitos cristãos, desafiou as monarquias católicas e espalhou terror e caos por todo o continente europeu.
Essa foi a causa de muitas guerras civis em vários partes diferentes da Europa, fazendo com que o continente lutasse até a exaustão física, moral e espiritual durante todo o século XIX.
O fim das Guerras Napoleônicas com a Derrota de Napoleão
No início do século XIX, Napoleão Bonaparte emergiu como uma figura dominante na Europa, liderando a França revolucionária em uma série de guerras conhecidas como Guerras Napoleônicas (1803-1815).
Essas guerras foram travadas contra várias coalizões monárquicas cristãs de estados europeus pertencentes ao Sacro Império Romano-Germânico, que se opunham ao expansionismo revolucionário napoleônico francês e maçônico.


A série de campanhas militares de Napoleão o levou a conquistar vastos territórios, mas também causou grandes tumultos políticos e sociais.
A maré começou a virar contra Napoleão após a desastrosa invasão dos franceses na Rússia em 1812, culminando na sua derrota final na Batalha de Waterloo, em 18 de junho de 1815, pelas forças da Sétima Coalizão.

Congresso de Viena e a Redefinição das Fronteiras europeias
Com a queda de Napoleão, as principais potências europeias se reuniram no Congresso de Viena (1814-1815) para restaurar a ordem na Europa e redefinir as fronteiras dos países, perdidas com a dissolução do Sacro Império Romano-Germânico feita por Napoleão, estabelecendo a Santa Aliança.
Essa conferência resultou em mudanças significativas no mapa político da Europa, restaurando muitas das antigas dinastias e tentando estabelecer um equilíbrio de poder que fosse duradouro.
Contexto da Europa durante os movimentos Imigratórios alemães e italianos para o Vale do Itajaí
Em 1850, época em que os primeiros imigrantes alemães começaram a vir para o Brasil, a Alemanha ainda não era um país unificado, mas sim composto por diversos reinos independentes de influência da cultura germânica, italiana e cristã. A Itália também não havia sido unificada na época.
Sentimentos de unificação dos países surgiram como resposta às mudanças políticas e sociais desencadeadas pela Revolução Francesa, pela Era Napoleônica, pela maçonaria, pelos movimentos liberais e comunistas e pelas reorganizações subsequentes de territórios das monarquias cristãs, com o Congresso de Viena.
Confederação Germânica
A Confederação Germânica (Deutscher Bund) foi uma associação política e territorial formada em 1815, após o Congresso de Viena, com o objetivo de reorganizar os reinos de língua germânica após a dissolução do Sacro Império Romano-Germânico (1806) e o fim das Guerras Napoleônicas.


Essa confederação reuniu 39 Estados soberanos, incluindo reinos (como Baviera e Saxônia), ducados, principados e cidades livres (como Frankfurt e Hamburgo).
O surgimento do marxismo e do comunismo na Alemanha
E é nesse contexto de convulsão social, dentro da Confederação Germânica, que revolucionários ainda mais radicais que os liberais, maçônicos e republicanos surgem, como o filósofo comunista Karl Marx, uma versão piorada dos anteriores.

Quem foi Karl Marx e onde ele nasceu?
Karl Marx nasceu em Tréveris, dentro do contexto da Confederação Germânica em 1818. Filho de um advogado judeu, estudou em Bonn e em Berlim, e se doutorou em 1841.
Marx ficou conhecido por suas obras radicais que criticavam o capitalismo e defendiam o socialismo. Em 1848 lança seu livro panfletário, “O Manifesto Comunista” (1848) que teve um impacto significativo nas revoluções deste mesmo ano, provocando agitação popular por meio da propaganda revolucionária.
O caos da revolução armada então, se espalha pela Europa inteira, e grande parte disso é resultado da divulgação de livros subversivos dentro das maçonarias. Essas revoluções foram principalmente encabeçadas por movimentos liberais que buscavam remover as antigas estruturas monárquicas cristãs e criar Estados-nação independentes, conforme previsto pelo nacionalismo romântico.
Mas também havia uma ala mais radical composta por socialistas e comunistas que defendia a morte de cristãos monarquistas, ou seja, “Liga dos Comunistas”. Esses grupos radicais defendiam mudanças mais profundas na estrutura econômica e social da sociedade, por meio de uma revolução violenta e armada.
Eles defendiam a abolição violenta da propriedade privada e a luta de classes como meio para alcançar uma utópica sociedade sem classes, coisa que em mais de 200 anos de teoria comunista, nunca foi implementada na prática com sucesso e só resultou em distopias genocidas e totalitárias. Embora as ideias comunistas não fossem o foco principal das revoluções de 1848, elas influenciaram alguns setores mais radicais do movimento revolucionário.
Os revolucionários de 1848 tinham objetivos variados, incluindo maior participação dentro do estado, subversão da imprensa monarquista e direitos estatais para a classe trabalhadora.
Guerra Austro-Prussiana e Guerras de Unificação Italiana
O Império da Áustria o Império da Prússia eram os membros monarquistas mais influentes da Confederação Germânica, porém parte de seus territórios que não tinham influência germânica, ficavam fora das fronteiras da confederação, e isso levou a conflitos internos.

O fato de o Império Austríaco fazer parte da Confederação Germânica, mas dominar não só regiões de cultura germânica, como também regiões de influência da língua e cultura italiana, incitou um movimento de revolta popular generalizada, que fez com que o Reino da Itália declarasse guerra ao Império Austríaco no ano de 1848.
A região do Reino Lombardo-Vêneto que era dominada pela Áustria é a região na qual muitos imigrantes italianos e austríacos que vieram para o Vale do Itajaí são originários.
Muitos que lutaram nessa guerra foram tornados italianos, e depois vieram para o Brasil. Mas outros muitos escaparam da guerra antes mesmo desses territórios se tornarem italianos, entrando no Brasil e na Colônia Blumenau, como pessoas com nacionalidade austríaca.


As guerras entre a Itália e a Áustria pela disputa desses territórios, ocorreram em vários períodos.
Primeira Guerra de Independência Italiana
- Foi travada entre 1848 e 1849 entre o Reino da Sardenha e o Império Austríaco.
- Os principais combates ocorreram em Custoza e Novara, onde os austríacos venceram.
- Os seguidores do revolucionário liberal e maçom Giuseppe Mazzini promoveram rebeliões contra a Áustria, mas foram derrotados.

Segunda Guerra de Independência Italiana
- A Segunda Guerra de Independência Italiana foi travada em 1859 entre a França e o Reino da Sardenha contra o Império Austríaco.
- A vitória das tropas franco-sardo-piemontesas sobre o exército austríaco.
- O objetivo era conquistar o Reino Lombardo-Vêneto, que estava sob domínio austríaco.

Terceira Guerra de Independência Italiana
- Foi travada entre junho e agosto de 1866 entre o Reino da Itália contra o Império Austríaco.
- A Áustria cedeu as regiões da Lombardia e do Vêneto à Itália.
- Este território foi um passo importante na Unificação da Itália.

Guerra Austro-Prussiana
- A Áustria foi derrotada pela Itália e pela Prússia em 1866 ao mesmo tempo que ocorria a Terceira Guerra de Independência Italiana.
- A Batalha de Königgrätz, em 3 de julho de 1866, foi decisiva para a vitória prussiana.
- A Confederação Germânica foi dissolvida e o Império da Prússia foi unificado em 1871, abrangendo grande parte dos estados previamente existentes.

Unificação do Império Alemão
A Confederação Germânica representou uma estrutura frágil e descentralizada, marcada pela rivalidade entre o Império da Austria e o Império da Prússia, e serviu como etapa intermediária de batalhas entre os países, dos anos 1815 até a unificação alemã e italiana, que aconteceram ambas no ano de 1871.
Quando o Reino da Itália se junta ao Império da Prússia para derrotar o Império da Áustria, reclamando para si a região da Lombárdia e do Vêneto, o Reino da Itália então, unifica o seu território e ajuda também o Império da Prússia a ser unificado e a formar o Império Alemão, sob o comando de Guilherme I e de Otto Von Bismarck.

Com a derrota do Império Austríaco, a o Império da Prússia se torna Império Alemão e o Reino da Itália expande seu território, formando países que tinham fronteiras parecidas com as que nós conhecemos hoje.

Crise Econômica
A crise econômica que se seguiu depois de décadas de guerras até a unificação dos países, foi agravada pelas mudanças políticas e sociais, e teve um impacto significativo na vida dos europeus comuns.
Muitos agricultores e trabalhadores enfrentaram dificuldades extremas devido à perda de terras, altas taxas de desemprego e a falta de oportunidades econômicas.
Essas adversidades levaram muitos a buscar uma nova vida fora da Europa, resultando em um aumento significativo da imigração para o Novo Mundo. O Brasil, na época uma Monarquia Católica, com sua promessa de terras férteis e novas oportunidades, bem como um país que tinha abolido a escravidão, tornou-se um destino atraente para muitos europeus.
Imigração para o Vale do Itajaí
Foi nesse contexto da metade do século XIX em diante, que um químico e farmacêutico alemão ao viajar para o Brasil, vislumbrou a possibilidade de estabelecer uma colônia alemã no Vale do Itajaí, em Santa Catarina.
O arquiteto da colonização do Vale do Itajaí foi o Dr. Hermann Bruno Otto Blumenau. Nascido em 26 de dezembro de 1819 em Hasselfelde, Alemanha. Ele chegou ao Brasil em 1850 e estabeleceu a colônia que mais tarde se tornaria a atual cidade de Blumenau.
A Colônia Blumenau, foi fundada oficialmente em 2 de setembro de 1850. Foi fundada e financiada inicialmente com recursos pessoais do farmacêutico, que mais tarde recebeu apoio da Companhia de Colonização Hanseática de Hamburgo para expandi-la.



Essa empresa, vinculada ao governo de Hamburgo, organizava a viagem de famílias inteiras, muitas vezes camponesas e artesãs empobrecidos pelas recorrentes crises políticas e econômicas da Europa pós-napoleônica.
Dr. Blumenau também foi o primeiro administrador do município e desempenhou um papel crucial no desenvolvimento da região, promovendo a imigração alemã e contribuindo para a economia local através da agricultura e da indústria.
Primeiro atraiu imigrantes alemães em meio a convulsão social que acontecia entre 1848 a 1871 nos territórios que englobavam a Confederação Germânica.
Os principais portos de embarque para a imigração alemã para o Brasil eram Bremen e Bremerhaven. Esses portos foram os principais pontos de partida para muitos imigrantes alemães que se estabeleceram no Vale do Itajaí e outras regiões, seduzidos pelas terras que o Império do Brasil, os EUA e a Argentina estavam doando para imigrantes. A Colônia Blumenau recebeu um número significativo de imigrantes alemães ao longo dos anos. Embora os números exatos possam variar, estima-se que cerca de 13.000 alemães se estabeleceram na região até 1880, quando o município de Blumenau foi oficialmente criado.
Em 1871, depois do processo de unificação italiana, imigrantes italianos também começaram a se estabelecer na região do Vale do Itajaí, contribuindo para a cultura e o desenvolvimento econômico da colônia.


Os italianos partiam da Itália, em especial dos portos de Gênova e Nápoles, e não diferentemente dos alemães, eram seduzidos pelas terras que o Império do Brasil, os EUA e a Argentina estavam doando para imigrantes.
Entre 1872 e 1920, cerca de 1,4 milhão de emigrantes provenientes da Itália desembarcaram em território brasileiro, procurando melhor fortuna. Uma parte deles foi morar e trabalhar dentro da Colônia Blumenau.
Posteriormente, muitas áreas adjacentes a colônia Blumenau que foram ocupadas tanto por alemães quanto por italianos, se separaram administrativamente do município de Blumenau, formando a maioria dos municípios que existem hoje nas regiões do Médio Vale do Itajaí e Alto Vale do Itajaí.

Arquitetura
A arquitetura tornou-se um símbolo da região: os alemães popularizaram o enxaimel (técnica de estruturas de madeira preenchidas com tijolos), visível em escolas, hospitais, comércios e em diversas casas espalhadas por toda a colônia.




Enquanto isso, os italianos em suas localidades construíram capelas, paróquias, escolas e casas de alvenaria com técnicas importadas do norte da Itália.
https://www.youtube.com/watch?v=gdRrHKwOE3I

A infraestrutura urbana foi moldada pelos imigrantes.
Herman Blumenau priorizou a organização de lotes geométricos, estradas e escolas. A navegação no Rio Itajaí-Açu foi crucial para o escoamento de produtos até o porto de Itajaí, que se tornou um polo comercial.

Hoje, a região preserva sobrenomes, dialetos e tradições, enquanto museus guardam objetos originais, diários e ferramentas que narram a epopeia dos pioneiros.
Por esse motivo, o Vale do Itajaí passou a ser conhecido em outras partes do Brasil como “Vale Europeu”, porque é evidente: a colonização alemã e italiana desempenharam um papel crucial no desenvolvimento econômico e cultural da região.
Os imigrantes alemães e italianos trouxeram consigo suas línguas, religiões, festas tradicionais e culinária. A preservação da língua e dialetos alemães e italianos foi particularmente importante, com a fundação de escolas e associações culturais que promoviam a cultura e a língua dos imigrantes.
A culinária também desempenhou um papel crucial, com pratos típicos alemães e italianos se tornando parte integrante da gastronomia local.
Repressão na Era de Getúlio Vargas
Especialmente no período do Estado Novo (1937-1945), houve uma política de repressão à cultura e à língua dos imigrantes europeus no Brasil. O governo de Getúlio Vargas adotou uma postura nacionalista rigorosa, buscando “abrasileirar” os imigrantes e suas comunidades.
Repressão da Língua dos Colonos

O uso de línguas estrangeiras, foi severamente reprimido. O governo Vargas baniu o uso do alemão e do italiano, proibindo a sua utilização em escolas e outras instituições públicas. Essa política visava forçar a integração dos imigrantes germânicos ao contexto cultural brasileiro, mas também gerou resistência significativa entre as comunidades de imigrantes.
Documentário “SEM PALAVRAS”
Produzido pela Fundação Catarinense de Cultura, documentário conta como perseguição e censura praticadas em outro momento da história do Brasil e que hoje se repete de forma “repaginada”.
Recomendamos a todos que assistam este curta metragem feito em Blumenau/SC, que conta uma parte muito triste da história desconhecida para a grande maioria dos brasileiros, a perseguição aos imigrantes alemães realizada no Brasil, os chamados “quinta coluna”, algo semelhante com o que está ocorrendo agora no Brasil e no mundo desde 2020, com a perseguição e segregação entre vacinados e não-vacinados, esquerdistas/comunistas/sociais democratas que tem direitos, e conservadores/nacionalistas/libertários/reacionários que são pisados, perseguidos, censurados e presos de forma sistematica pelo estado brasileiro e por esses movimentos totalitários.
Repressão da Cultura dos Colonos
A cultura dos imigrantes também foi alvo de repressão. O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi criado para controlar a mídia e a disseminação de ideias que não fossem alinhadas com a visão nacionalista do governo brasileiro.

Isso incluía a censura de programas de rádio, jornais e outras formas de comunicação que promoviam a cultura, língua, costumes e a herança arquitetonica local dos imigrantes europeus. Portanto a região do Vale do Itajaí é marcada por muita resistência do povo local em querer preservar sua herança cultural, religiosa e linguística.
Vargas para diminuir a influência das comunidades de imigrantes estrangeiros no Brasil, forçou de forma ditatorial a nacionalização de todas as culturas já anteriormente instaladas dentro do território brasileiro.
Em 1939, medidas mais drásticas foram adotadas: além da proibição de falar línguas estrangeiras durante celebrações religiosas houve a caçada e o fechamento de diversas instituições de caráter étnico dirigidas pelos alemães e seus descendentes (ginástica, corais, tiro ao alvo, clubes de caça e tiro, bolão e outras agremiações consideradas perigosas pelo governo por apresentar caráter de possível poder de combate reacionário).
Nas escolas, os professores deveriam obrigatoriamente serem brasileiros natos ou naturalizados, as aulas deveriam ser ministradas em português e era proibido o ensino de outras línguas estrangeiras.
Por não dominarem o português, por manterem escolas, cultos e missas em língua alemã e italiana, e por normalmente casarem-se entre si, os descendentes alemães e italianos eram acusados de serem resistentes à integração nacional, perseguidos e caçados por isso.
Os soldados do governo simplesmente passavam nas cidades e puniam os moradores que não soubessem pronunciar o português, fazendo-os passarem por situações perigosas, degradantes e humilhantes, como por exemplo, tomar óleo diesel.
Várias mulheres e crianças foram agredidas pelo exército. Grande parte da memória dos imigrantes foi destruída (jornais, revistas, livros, documentos, etc).
Tal determinação afetou diretamente a vida dos imigrantes alemães e seus descendentes, pois muitos não sabiam falar português e, pelo fato de o Brasil ter entrado na guerra contra a Alemanha Nazista, os mesmos passaram a sofrer ataques por parte da própria população brasileira: casas de comércio, jornais e estabelecimentos em geral, cujo os donos eram de origem alemã, foram incendiados e associações foram fechadas. Nessa época, a convivência entre brasileiros e alemães foi conturbada.
Quais os reflexos desse período na literatura brasileira? O que foi produzido literariamente sobre essa questão? Como foram retratados os imigrantes alemães e seus descendentes na literatura brasileira antes, durante e depois da campanha de nacionalização? Tudo simplesmente desapareceu. Nada se fala sobre o caso até hoje. Simplesmente escondem essa história marcante e repugnante dos livros escolares.
Hoje, o isolamento relegado aos descendentes alemães em suas colônias passou a ser visto como um problema que deve ser amplamente discutido, porém o governo não poupa esforços para ocultar isso da história.
Desmembramento dos Distritos em Municípios
O objetivo de Vargas foi o de enfraquecer o poder político de Blumenau, forte núcleo da cultura germânica, que estava sendo perseguida devido ao Brasil ter declarado guerra e se aliado contra a Alemanha Nazista durante a 2ª Guerra Mundial.
Como dito antes, a partir de 1930, uma série de desmembramentos desses distritos foram efetuados pela Ditadura Vargas, reduzindo drasticamente o tamanho do território de Blumenau.

Assim, foram criados os municípios, a partir de Blumenau:
- Rio do Sul (1930)
- Timbó (1934)
- Indaial (1934)
- Gaspar (1934)
- Ascurra (1934)
- Dalbérgia (atualmente Ibirama) (1934)
- Benedito Novo (1934)
- Rodeio (1934)
- Doutor Pedrinho (1934)
- Apiúna (1934)
- José Boiteux (1934)
- Dona Emma (1934)
- Vitor Meireles (1934)
- Witmarsum (1934)
- Ituporanga (1930)
- Trombudo Central (1930)
- Lontras (1930)
- Laurentino (1930)
- Pastagem (atualmente Agronômica) (1930)
- Braço do Trombudo (1930)
- Aurora (1930)
- Mirim Doce (1930)
- Rio do Campo (1930)
- Salete (1930)
- Pouso Redondo (1930)
- Taió (1930)
- Rio do Oeste (1930)
- Pomerode (1958)

Governo Vargas Forçando Cultura de Fora para o Vale do Itajaí, algo que os marxistas atualmente fazem igual
Segundo os dados sobre a distribuição étnica e cultural em Santa Catarina, a promoção do samba como música brasileira típica é rejeitada pela população local, já que nos locais aonde isso fez sucesso, foram em cidades como o Rio de Janeiro e Salvador, que tinham maior influência africana.
A importância do samba e do carnaval como instrumento manipulativo do Estado Novo.

Como esmagar os mais pobres e a classe produtiva, concentrar poder e privilégios nas mãos de uma oligarquia estatal e corporativista, eliminando do mapa o antigo regime e mantendo o poder desse establishment por décadas até os dias de hoje?
Simples, Vargas utilizou dessas duas ferramentas: a conquista e atração. Conquista que é um método que exige muito menos empenho, porque além dos poderes ditatoriais de contar com o exército a sua disposição, uma vez que Vargas ao assumir o poder, destruiu e debelou com todos os jornais de oposição.
Vamos analisar o método da atração.

Vargas partiu para forjar uma identidade nacional única brasileira e um dos fatores escolhidos para isso foi o samba. É curioso notar que o carnaval, até então uma festa anárquica e desorganizada, passou a se assemelhar aos desfiles de parada militar e usar instrumentos de infantaria a partir dos anos 1930.


Muito interessante é ver os sambas enredos campeões (o próprio fato de haver um “campeão de carnaval” deveria nos alertar) e como essa máquina de propaganda agia: (lista das escolas e sambas campeões)
De 1935 em diante os temas de ufanismo nacional e a exaltação de datas, eventos e muitas dessas letras foram elaboradas pela Liga de Defesa Nacional, de inspiração nacionalista e integralista. A imprensa privada também sempre foi a imprensa oficial, Assis Chateaubriand foi uma lacuna que protegeu a expansão vertiginosa do populismo de Vargas. E, após o fim e decadência de suas atividades foi suplantado pelas organizações Globo já nos anos 1960/70.

Essa divisão do establishment entre oligarquia empresarial e sindical de um lado e máquina de propaganda de outro pode ser observada no próprio estamento político atual.
Enquanto no sul/sudeste os eleitos são oriundos das elites sindicais laborais e patronais, no norte/nordeste os políticos são eles mesmos a elite da máquina de propaganda. Sendo uma concessão pública não é de se admirar que eles fossem os detentores dos meios de comunicação.
São figuras que dominam há décadas o cenário político em seus respectivos estados. Não é mero acaso que a família mais rica do Brasil será a família Marinho dona da Rede Globo. Em recente lista da Forbes eles aparecem com algo em torno de 30 bilhões de dólares.

É essa máquina que sustenta e mantém, com toneladas de propaganda, uma identidade nacional totalmente artificial que serve de liga para um arranjo ainda mais artificial de unidade nacional. Sabemos que o unionismo midiático é antagônico à liberdade e a autonomia regional, que é o caminho para a autonomia pessoal e para a liberdade.
No Brasil, enquanto vigorou um regime monárquico, que, sim, mais centralizador que os regimes europeus, ainda assim, era mantenedor de autonomias regionais impensadas nos dias de hoje e foi que formou uma verdadeira identidade e caldo cultural que até hoje persistem apesar da massiva propaganda midiática contrária.
O governo de Getúlio Vargas, que começou 40 anos após a Proclamação da República, buscava criar uma identidade nacional excluindo as contribuições de outras etnias além dos portugueses.
Em Blumenau e região, o Exército foi um dos principais instrumentos para implementar a política de Vargas. O decreto de 31 de dezembro de 1938 trouxe o Exército para a região, que interferiu nas instituições locais. As escolas alemãs foram fechadas ou confiscadas e renomeadas com nomes patrióticos, assim como ruas, bairros e praças.
Blumenau, que opunha-se ao modelo de Vargas, sofreu retaliações. E essas retaliações continuaram durante a década de 1950, 60 e 70, com as tensões políticas e sociais aumentando e culminando no suicídio dele, em 1954 (foi a melhor coisa que ele fez na vida dele).
Destruição da Estrada de Ferro de Santa Catarina (E.F.S.C.)
A Estrada de Ferro de Santa Catarina (EFSC) foi uma ferrovia que operou em todo o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, de 1909 até 1971.

A EFSC foi construída com muito esforço pelos descendentes de alemães e italianos que se estabeleceram na região no início do século XX. A ferrovia foi inaugurada em 3 de maio de 1909. O projeto original tinha como objetivo ligar o Porto de Itajaí até a Argentina, mas a linha nunca chegou a ser concluída até essa extensão.








A linha inicialmente ligava as cidades de Blumenau a Indaial, e no seu ápice de extensão, media 184 quilômetros, ligando Itajaí até Agrolândia. Acesse o mapa da antiga ferrovia aqui.


A política de industrialização de Juscelino Kubitschek, feita entre 1956 e 1961, foi fortemente influenciada pelo lobby das indústrias automobilísticas (que dominam o país até hoje), e pode ser vista como uma estratégia míope que sacrificou o desenvolvimento equilibrado e sustentável do país em favor de interesses corporativistas imediatistas.
Ao priorizar a construção de rodovias em detrimento das ferrovias, JK e seu governo centralizador, negligenciaram um meio de transporte que era mais eficiente, ecológico e econômico a longo prazo.
O declínio das ferrovias brasileiras começou na década de 1950 e acelerou nas décadas seguintes, com investimentos cada vez menores em infraestrutura ferroviária e um foco maior no desenvolvimento de rodovias e na indústria automobilística. Essa mudança de prioridade levou à gradual deterioração das ferrovias, incluindo a E.F.S.C., culminando em sua desativação.
A Estrada de Ferro de Santa Catarina (E.F.S.C.) foi oficialmente desativada em 1971. Mesmo que a ferrovia tenha sido desativada 10 anos depois do governo de JK, o impacto de suas políticas de priorização do transporte rodoviário e a influência do lobby da indústria automotiva já haviam tomado conta do país e colocado as ferrovias em desvantagem.

Essas decisões tiveram consequências duradouras para as regiões que dependiam das ferrovias, como o Vale do Itajaí. A desativação da E.F.S.C. resultou na perda de um meio de transporte vital, afetando negativamente a economia e a cultura locais. A destruição da Estrada de Ferro de Santa Catarina (E.F.S.C.) teve impactos significativos tanto culturais quanto econômicos nos municípios do Alto Vale do Itajaí. Aqui estão alguns dos principais efeitos:
Impactos Econômicos
- Perda de Emprego: A ferrovia era uma importante fonte de emprego para a região. Sua destruição levou à perda de muitos empregos diretos e indiretos, afetando a economia local.
- Interrupção do Comércio: A ferrovia facilitava o transporte de mercadorias, especialmente produtos agrícolas. Sua destruição dificultou o escoamento da produção local, prejudicando os agricultores e comerciantes, que passaram a depender somente da malha asfáltica da BR-470.
- Desvalorização Imobiliária: A falta de transporte ferroviário fez com que muitas áreas perdessem valor imobiliário, afetando negativamente os proprietários de terras e imóveis.
- Custos de Substituição: Investimentos significativos foram necessários para tentar substituir a infraestrutura perdida com asfalto, sobrecarregando os cofres públicos e privados.
Impactos Culturais
- Perda de Identidade: A ferrovia era parte integrante da identidade cultural da região. Sua destruição levou à perda de um símbolo cultural importante.
- Interrupção de Tradições: Muitas tradições e festivais que eram celebrados em torno da ferrovia foram interrompidos ou perdidos.
- Deslocamento de População: A falta de transporte ferroviário levou ao deslocamento de populações que dependiam da ferrovia para seus meios de subsistência, afetando a coesão social da região.
Esses impactos combinados resultaram em um período de dificuldades econômicas e culturais para os municípios do Alto Vale do Itajaí que se extendem até os dias de hoje.
Desenvolvimento Cultural no Alto Vale do Itajaí
Resistência Cultural e Impacto
Apesar da repressão, muitas comunidades de imigrantes resistiram e continuaram a preservar suas línguas e culturas. Essa resistência foi uma forma de manter sua identidade, tradições e etnias diante das políticas nacionalistas do governo brasileiro.
Por mais que décadas de doutrinação estatal do governo brasileiro perseguiram e ainda perseguem muitos imigrantes e descendentes de imigrantes, ainda há resquícios dessa cultura preservada dentro do Vale do Itajaí, com muita luta e resistência por parte dos moradores locais.
No Alto Vale do Itajaí, a influência dos imigrantes foi especialmente marcante, principalmente em torno da cidade de Rio do Sul, que se tornou a Capital do Alto Vale, por estar bem no meio do Encontro entre os Rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste, formando assim o Rio Itajaí-Açú.
A pesar de nos dias atuais, novas construções tradicionais e festas tradicionais germânicas não serem mais tão frequentes no município, (que foi o primeiro a ser separado de Blumenau nos anos 1930), a região era conhecida antigamente por ter muitas construções em estilo enxaimel, típicas da arquitetura alemã, e pela preservação de tradições culturais que celebravam a herança européia, mas que acabaram sendo destruídas ao longo do tempo.
Origem e Fundação de Rio do Sul: O Legado da Expansão Blumenauense

A cidade de Rio do Sul antes chamada de Sudarm (Braço do Sul), é hoje o principal município do Alto Vale do Itajaí, e tem suas raízes diretamente ligadas à expansão da Colônia Blumenau no final do século XIX.

Após o sucesso inicial da colônia fundada por Hermann Blumenau em 1850, a região enfrentou um rápido crescimento populacional, impulsionando imigrantes alemães a explorar áreas em locais mais altos, seguindo o curso do Rio Itajaí-Açu. Esses desbravadores, buscavam terras férteis e novas oportunidades, longe da concorrência nas áreas já consolidadas.
A Chegada dos Primeiros Colonos em Rio do Sul (Década de 1890)
Em 1892, o governo de Santa Catarina autorizou a criação de um núcleo colonial na confluência dos rios Itajaí-Açu e Itajaí do Sul, região então chamada de Bela Aliança.

O local, marcado por mata fechada, atraiu famílias germânicas vindas de Blumenau, que adquiriram lotes de propriedades privadas por meio da Sociedade Colonizadora Hanseática. A ocupação foi lenta e desafiadora: os colonos enfrentaram enchentes, ataques de animais selvagens e a necessidade de abrir picadas na floresta para estabelecer roças e estradas.
O Papel Estratégico do Rio Itajaí-Açú
O rio foi a principal via de transporte e comunicação. Balsas e barcos a vapor, como o Blumenau II, transportavam madeira (principalmente cedro e imbuia), erva-mate e produtos agrícolas até Blumenau e Itajaí. Em troca, traziam ferramentas, sementes e notícias.
A Serra do Matador, próxima à atual Rio do Sul, tornou-se um ponto crítico devido aos desníveis do rio, exigindo que as mercadorias fossem descarregadas e transportadas por terra – o que mais tarde incentivou a construção de estradas e a ferrovia da E.F.S.C..
Desenvolvimento Urbano
Inicialmente, Bella Aliança era parte do município de Blumenau, a região foi elevada a distrito de Braço do Sul (Sudarm) em 1912.
O crescimento acelerou com a chegada da Estrada de Ferro Santa Catarina (E.F.S.C.) em 1930, que ligou Rio do Sul a Itajaí, integrando-a ao mercado nacional. Em 20 de setembro de 1931, o distrito emancipou-se, tornando-se Rio do Sul, nome inspirado no rio que corta a cidade.
Economia: Da Madeira à Industrialização
A economia inicial baseou-se na exploração madeireira, com serrarias movidas a água instaladas às margens dos rios. A agricultura diversificou-se com cultivos de milho, feijão e fumo, enquanto os italianos (que chegaram em menor número após 1910) introduziram a viticultura em encostas. Na década de 1940, a industrialização ganhou força.
- Indústrias têxteis, instalaram filiais, aproveitando a infraestrutura ferroviária.
- Metalúrgicas e marcenarias surgiram para atender demandas locais, como a produção de móveis e implementos agrícolas.
Cultura e Arquitetura: Herança e Legado da Expansão Blumenauense
A influência da colonização alemã é visível na arquitetura enxaimel que reflete o estilo trazido pelos imigrantes. Já os italianos deixaram marcas na arquitetura religiosa, culinária e na devoção a santos em suas paróquias.
Rio do Sul é um exemplo de como o modelo de colonização de Hermann Blumenau – baseado em planejamento urbano, educação e empreendedorismo – foi replicado e adaptado no Alto Vale. A cidade mantém laços históricos com Blumenau, seja na arquitetura, nas tradições ou no DNA industrial, consolidando-se como um elo vital na história de resistência e prosperidade do Vale do Itajaí.
Desafios e Resiliência
Rio do Sul enfrentou enchentes históricas, como a de 1983-84, que submergiu 80% da cidade, o que fez com que a cidade praticamente se resetasse. A reconstrução pós-desastre modernizou a infraestrutura e muita coisa da antiga cidade, simplesmente desapareceu. Mesmo assim, a população local ainda luta para preservar o que ainda resta da herança cultural da colonização.
Fundação Municipal de Cultura de Rio do Sul
A Fundação Municipal de Cultura de Rio do Sul foi fundada em 24 de agosto de 1989, 5 anos após a grande enchente. Ela foi instituída pela Lei Nº. 2.193 e inicialmente ocupava o prédio da antiga Estação Ferroviária, que hoje é o Museu Histórico.

Atualmente, a Fundação Cultural de Rio do Sul está localizada na Rua Ruy Barbosa, 204 – Bairro Budag, Rio do Sul – SC. O prédio é conhecido como Centro Cultural Prefeito Nodgi Eneas Pellizzetti, uma das maiores estruturas públicas municipais destinadas à cultura em Santa Catarina.

O prédio atual da Fundação Cultural de Rio do Sul era anteriormente a Indústria Gerais Ouro. A indústria, inaugurada em 1941, era utilizada para beneficiamento, torrefação e moagem de café, além da fabricação de balas, caramelos e doces de frutas. Veja um pouco da história da empresa.
O prédio foi tombado como patrimônio histórico e hoje abriga o centro cultural. O espaço foi adquirido na gestão do então prefeito Nodgi Eneas Pellizzetti, que doou a antiga indústria para a instituição. No mesmo ano, foi criada a Associação de Pais, Amigos e Professores da Fundação Cultural (ASFUC).
Mas, a quem interessa a destruição da herança cultural europeia de Rio do Sul e do Vale do Itajaí?
Hoje, em Rio do Sul, vemos as tentativas de subversão ideológica e destruição da cultura da cidade, promovida por agentes marxistas que têm se infiltrado nas instituições municipais.
Portanto os cidadãos que moram aqui, precisam tomar consciência do que está acontecendo a décadas e reagir contra essa agenda de destruição da cultura, se juntando a quem está combatendo estes movimentos.
Assim como o marxismo e o comunismo bagunçou a Europa do século XIX, o neomarxismo contra-cultural que quer destruir todo o resquício de sociedade civilizada, e que é proveniente do Instituto de Pesquisas Sociais da Escola de Frankfurt, bagunça a ordem da sociedade até os dias de hoje.
O que é Marxismo Cultural?
O Marxismo Cultural é toda a estratégia usada por marxistas para impor a ideologia revolucionária socialista/comunista em alguma sociedade, alterando pouco a pouco os aspectos tradicionais, morais, culturais, religiosos e econômicos da civilização ocidental, com o objetivo de destruí-la por completo.
O que foi a Escola de Frankfurt?
Entre 1930 e 1968, um grupo de intelectuais e filósofos comunistas e judeus-alemães, se uniram para criar o Instituto de Pesquisas sociais de Escola de Frankfurt, um instituto que criou uma escola de pensamento que tinha como foco essencial a destruição da civilização Ocidental, incluindo aí a sua religião predominante: o cristianismo.
O foco desse ideólogos comunistas era destruir tudo o que a Civilização Ocidental construiu e representa, incluindo aí a sua moral cristã, cultura européia e seu sistema econômico baseado no capitalismo bem como nas trocas voluntárias.
Mas porque esses ideólogos querem destruir a civilização ocidental?
Isso é explicado no livro: “Como Destruir a Civilização Ocidental – Peter Kreeft”.
Os ideólogos neomarxistas da Escola de Frankfurt querem destruir profundamente as bases da civilização ocidental porque enxergam o capitalismo como um sistema opressor e a cultura européia ocidental baseada no cristianismo como impregnada de ideologias que “perpetuam a opressão”. Engraçado não é mesmo? Geralmente é o estado que esses mesmos comunistas defendem, que oprime todos.
Eles defendem a subversão das normas sociais tradicionais e a transformação radical da sociedade através da “Teoria Crítica” financiada através de impostos, visando desafiar as tradições, a moral, a cultura, a religião e os aspectos econômicos ligados à civilização ocidental.
Acreditam que somente através de transformações radicais, seria possível alcançar a distópica “emancipação e a libertação humana”, promovendo a teoria da “sociedade igualitária”.
O problema é que esses mesmos ideólogos, quando se apropriam das instituições de estado, são os primeiros que promovem injustiça, segregação, desiguladade, privilégios, escravidão fiscal e punição para todos os indivíduos que discordam das suas agendas por meio da opressão do Estado contra os indivíduos. Portanto, esses revolucionários socialistas são contraditórios e esquizofrênicos pela natureza caótica das próprias teorias distópicas que defendem.
Vejamos alguns aspectos da “Teoria Crítica” do “Instituto de Pesquisas Sociais” da Escola de Frankfurt, teoria essa seguida a risca por teóricos e militantes comunistas…
Crítica ao Capitalismo:
Os ideólogos do neo-marxismo contra-cultural vêem o capitalismo como um sistema intrinsecamente opressor, que gera desigualdades econômicas e sociais.
Mas o capitalismo, apesar de suas imperfeições, tem sido o melhor dos sistemas econômicos que existem e um motor de inovação, progresso e prosperidade. A prova disso é o desenvolvimento da nossa região, comparado a outra regiões mais pobres e subdesenvolvidas no Brasil.
O capitalismo oferece oportunidades para a mobilidade social e incentiva a competição saudável, que pode levar à inovação e ao desenvolvimento econômico. A história mostrou que sistemas alternativos, como o comunismo, resultaram em repressão, censura, genocídios, pobreza, inflação e estagnação econômica.
O capitalismo permite a liberdade individual, o desenvolvimento de riqueza e a possibilidade de sucesso pessoal através do empreendedorismo, esforço, trabalho e da criatividade.
Opressão Cultural:
Os ideólogos do neo-marxismo contra-cultural vêem a cultura ocidental como impregnada de ideologias opressoras que perpetuam o “status quo”.
Mas a cultura ocidental é rica e diversificada, oferecendo um legado de pensamento livre, liberdade de expressão e avanços científicos e tecnológicos. É uma cultura que valoriza a liberdade individual, respeito a propriedade de indivíduos e direitos e humanos.
Embora existam desafios a serem enfrentados, a crítica e o debate dentro da cultura ocidental permitem um contínuo processo de autoavaliação e melhoria. A liberdade de pensamento e a liberdade cultural são valores fundamentais que devem ser preservados.
Subversão das Normas Sociais:
Os ideólogos do neo-marxismo contra-cultural propõem a subversão das normas sociais estabelecidas, que são vistas como repressivas.
Porém as normas sociais são essenciais para a coesão e estabilidade de uma sociedade. Elas fornecem um conjunto de valores e comportamentos que ajudam a orientar a convivência e a cooperação entre os indivíduos.
A subversão dessas normas pode levar à desordem social e à desintegração dos vínculos comunitários. Mudanças sociais (se positivas e não destrutivas) devem ser feitas de maneira gradual e com respeito aos valores e tradições que sustentam a sociedade.
Teoria Crítica:
A Teoria Crítica busca revelar e desafiar as relações de poder subjacentes nas estruturas sociais e culturais.
Embora a crítica construtiva seja importante, a abordagem da “Teoria Crítica” neo-marxista revolucionária muitas vezes promove um pessimismo e um negativismo que visam propositalmente deslegitimar todas as conquistas e os valores positivos da civilização ocidental.
Em vez de focar apenas nas falhas, é importante reconhecer e valorizar os avanços e benefícios que a sociedade ocidental trouxe, como a criação de hospitais, asilos, escolas, sistema financeiro e tribunais, a proteção dos direitos humanos, o desenvolvimento da ciência e tecnologia, e a promoção da liberdade individual tanto de pensamento quanto de iniciativa, coisa que nenhuma outra cultura do mundo todo, conseguiu construir igualmente.
Emancipação e Libertação:
Os ideólogos do neo-marxismo contra-cultural defendem a transformação radical e revolucionária dos padrões morais da sociedade para alcançar a “emancipação dos indivíduos”.
Mas a verdadeira emancipação e liberdade são alcançadas através da promoção da responsabilidade individual, da liberdade econômica e da proteção dos direitos civis.
A transformação radical proposta pelo neo-marxismo muitas vezes resulta em repressão estatal, falência econômica, altos impostos, perda de direitos e perda de liberdades individuais.
A sociedade deve buscar um equilíbrio onde as liberdades individuais sejam respeitadas e as oportunidades de sucesso sejam acessíveis a todos, sem a necessidade de uma revolução social que leva ao caos e ao conflito social, cada vez que ela é aplicada no mundo real.
Interdisciplinaridade:
Os ideólogos do neo-marxismo contra-cultural se utilizam de uma abordagem interdisciplinar para criticar a sociedade ocidental, e substituem a “luta de classes” do marxismo clássico, por classes oprimidas vs. opressoras. Por conta disso, utilizam-se da criação de narrativas falsas de opressão de gênero, raça, cor, religião e cultura para retro-alimentar as suas agendas revolucionárias.
Para promover suas pautas, criam falsas narrativas para avançar suas agendas políticas, geralmente levando as pessoas a entenderem que: “homens oprimem mulheres”, “héteros oprimem homoxessuais”, “ricos oprimem pobres”, “patrões oprimem empregados”, “brancos oprimem negros”, “cristãos oprimem outras religiões”, e assim por diante. Tudo para promover ódio e o embate.
O problema é que essa abordagem se tornou um instrumento para criar agitação e propaganda em meio ao caos e o conflito entre as pessoas, no objetivo de promover e avançar essas agenda ideológicas marxistas.
A crítica deveria ser equilibrada e baseada em evidências objetivas, considerando tanto os aspectos negativos quanto os positivos da sociedade ocidental, mas não é o que acontece. O que acontece é a tentativa de destruição completa de todo e qualquer aspecto positivo da herança cultural ocidental, por parte desses progressistas.
A civilização ocidental tem sido capaz de integrar diferentes disciplinas e perspectivas para promover avanços significativos em várias áreas do conhecimento humano, e dentre todas as civilizações, é disparada a mais tolerante e inclusiva de todas.
Como esses ideólogos marxistas estão agindo em Rio do Sul?
Diante das tentativas de subversão promovidas por ideólogos marxistas em âmbito nacional, existem alguns indivíduos que não são de Rio do Sul, mas que têm se infiltrado em nossas instituições de estado municipais para promover sua agenda de revolução contra-cultural marxista, entrando dentro da Fundação Cultural de Rio do Sul e se espalhando como um vírus pútrido e fétido.
Isso quer dizer que os riosulenses estão pagando impostos para pessoas com culturas que não são daqui, nos forçarem a engolir sub-cultura que não queremos e que visa destruir tudo o que construímos.
Então levando em conta este fato, os riosulenses que ainda acreditam na herança cultural, religiosa e étnica dos colonizadores europeus, precisam reagir. Já houveram outras tentativas de governos nacionais como a de Vargas em apagar a história e a tradição do povo do Vale do Itajaí. Nunca conseguiram apagar enquanto existirem pessoas dispostas a expor a verdade!
Na tentativa de implantar a contra-cultura progressista desenvolvida dentro do Instituto de Pesquisas Sociais da Escola de Frankfurt, os ideólogos comunistas se assemelham ao fascista Getúlio Vargas, ao quererem substituir, apagar e se apropriar das culturas locais, dos povos do Brasil.
O neo-marxismo, que se espalhou pelas universidades públicas e privadas como um vírus, faz com que esses idiotas-úteis forcem toda a sociedade custear seus experimentos sociais revolucionários com impostos. Quem perde é toda a sociedade, sustentando estes vagabundos.
Será que é isso que precisamos em Rio do Sul?
O povo do Vale do Itajaí tem uma longa história de resistência contra movimentos revolucionários, desde a época que nossos antepassados fugiram do caos que Napoleão causou na Europa, até a guinada repressiva do Getúlio Vargas, que baniu a língua originária do nosso povo e a destruição proposital da nossa Ferrovia da EFSC. O que mais precisa ser destruído, para a sociedade tomar consciência de o que está acontecendo?
Mas nós já lidamos com problemas muito maiores. Não são pessoas que não sabem nem definir qual é o sexo que elas pertencem, promovendo agenda LGBT, aborto, feminismo, marxismo, comunismo e luta de classes na cidade, que vão conseguir apagar a nossa história.
O nosso povo é historicamente resistente contra o marxismo. Seja no Brasil ou na Europa, o povo de origem germânica sabe o que aconteceu por trás do Muro de Berlim.
Levante-se cidadão. Preserve o que é seu por direito. Exija a completa e total abolição do financiamento de pessoas ligadas a movimentos que querem destruir a sua cultura!